quarta-feira, maio 15, 2002

O mizi reclamou que a galera num tava colocando muitos textos aki no blog...

bom, esse texto não eh meu, mas mesmo assim vale a pena publicá-lo aki... gostei muito do que li... vale a pena perder 5 minutos e ler...

Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:


"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro os países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrarias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparece r por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucl eares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

segunda-feira, maio 13, 2002

Estou aqui nesse momento lindo chapinha da silva.

Lá estava eu, subindo a rua voltando da musculação chapuleta da silva, ai do nada eu lembrei dakela parada do Rubinho (que ele deixou o Schumacher passar no fim da corrida, no grande premio da Austria a mando da sua equipe, a Ferrari).

E mais do nada ainda eu começei a me imaginar o Presidente da FIA dando uma coletiva para a imprensa, é mais ou menos assim que eu falaria:
"Vou começar essa coletiva light. Eu acho o que a Ferrari fez foi uma infâmia, o presidente dessa equipe é infame. Ela acabou de cruzar a linha - que vinha se atenuando a tempos - que separa o esporte da industria e do comércio. Mesmo com o ganho de dinheiro proveniente do esporte ter aumentado significativamente, e o marketing e tudo mais envolvido realmente terem até certa influência sobre a qualidade do espetáculo, o esporte ainda é a forma mais pura do desenvolvimento humano, como ser, como animal. E mesmo com tudo o que há de errado no esporte, como salários milionários e mais marketing do que jogo, ainda é o que move o mundo, move as massas, cria ídolos e inspira milhões no mundo inteiro e os leva a uma vida mais saudável e ótima para essa máquina, que é o ser humano.
O fato de haver vitórias e derrotas é exatamente o que nos direciona, o ser humano com constante desejo de superação. Se especializando e, por que não, evoluindo.
Mesmo a corrida de carros não seja considerada exatamente um esporte, por não ter muita atividade humana, e onde a máquina é 90% do show, ainda há o desenvolvimento de dominar máquinas que são hoje em dia maravilhas da engenharia moderna, o que empurra a tecnologia para frente. Isso é esporte!
Quando uma empresa passa a ditar o resultado, dizendo quem deve ou não ganhar, deixa de ser esporte para ser um negócio.
O melhor deve sempre vencer. Pois o melhor inspira o mundo, e o leva para frente, arrastando consigo todos que também desejam melhorar e evoluir.
O ser humano tem que estar em primeiro lugar, SEMPRE!
Portando esse é meu recado, já falei muito, estou com sede, e tenho dito!"

Não sei se o presidente da FIA é tão humanista assim, mas eu acho que ficou até um discurso razoável né? Trocando algumas palavras poderia até ficar memorável, hehehe!

É isso aí...